Manuel Messias | Danielian Galeria
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Manuel Messias dos Santos

Manuel Messias nasceu em Sergipe em 1945, passou alguns anos na Bahia e migrou com parte de sua família para o Rio de Janeiro.  Nos anos 1960, teve aulas com Ivan Serpa no MAM-Rio e a partir daí começou a desenvolver sua carreira artística, com foco principal na gravura. Sua produção, desde o início, apresentou forte caráter expressionista. Nos primeiros anos ficam claras as influências dos expressionistas alemães, do cordel, dos quadrinhos e de importantes nomes da gravura brasileira como Goeldi e Grassmann.

 

A passagem de Messias como ajudante e arte-finalista em uma agência de publicidade, ainda nos anos 1960, também foi fundamental para a criação de uma linguagem de alto poder sintético e comunicativo, que marca grande parte da sua produção. Com mais de 30 anos de participação ativa no cenário cultural brasileiro, Messias foi unanimidade crítica, ganhou diversos prêmios e participou de importantes exposições nacionais e internacionais. Manteve uma produção constante, consciente e coesa, de elaborado senso estético e profundo conhecimento artístico. 

 

Com uma biografia marcada pela pobreza, Messias vivenciou fatos históricos que se abateram sobre as classes mais pobres do Rio de Janeiro, como o incêndio da Favela do Morro do Pinto (1969), a enchente de 1966, que deixou inúmeras famílias desabrigadas na Rocinha e a dominação da Cidade de Deus pelos traficantes. Além dessa extrema precariedade de recursos, Messias e sua mãe desenvolveram transtornos psíquicos que agravaram ainda mais sua situação, com um grau de exclusão social que os levou a morar na rua em alguns períodos ao longo da década de 1990. Resultado dessas variantes, sobre a obra de Messias recai um  severo apagamento que reverbera o eco das desigualdades sociais, do racismo e da total marginalização dos indivíduos.

O projeto MANUEL MESSIAS | DO TAMANHO DO BRASIL pretende trazer visibilidade e reconhecimento para a qualidade artística e poética de Manuel Messias dos Santos (1945-2001). Com a coordenação de Marcus Lontra e Rafael Peixoto, o projeto articula-se em duas ações principais realizadas pela Danielian Galeria em parceria com instituições, colecionadores e marchands. 

 

A primeira delas é uma exposição com 50 obras de diversos períodos de sua carreira, com destaque para as séries Via Sacra, Your Life, M’fotogram e o álbum em que o artista cria obras a partir de um alfabeto próprio, carregado de referências históricas e da estética sintética que marca a sua produção. O conjunto, formado principalmente pela gravura, também trará experiências de Messias com a tinta a óleo e o pastel. 

A segunda ação prevista consiste na publicação de um livro que desejamos que seja uma referência na pesquisa sobre a trajetória de Messias. Em função de uma biografia conturbada, marcada pela pobreza e por transtornos delirantes nos últimos anos, a obra e a vida de Manuel Messias sofrem com apagamento histórico. A publicação parte desta premissa, sendo três eixos fundamentais que a norteiam: a pesquisa, a reprodução de obras e o embasamento crítico e teórico. 

 

Para o primeiro eixo referente à pesquisa estão sendo levantados dados e informações que possam trazer uma cronologia mais precisa dos fatos que marcaram a vida de Messias. Com mais de 200 artigos em jornais e publicações, foi possível comprovar a sua participação ativa na cena artística brasileira durante 30 anos, com exposições nacionais e internacionais, sendo premiado diversas vezes e com unanimidade crítica a respeito de sua obra.

 

O segundo eixo é o esforço de reproduzir a maior quantidade de obras possíveis. Através de intensa pesquisa em acervos particulares e instituições foram rastreados mais de 180 trabalhos. Como resultado desta reunião, foram recuperadas séries criadas por Messias que estavam pulverizadas em diversas coleções e que revelam uma produção constante, consciente e coesa, de elaborado senso estético e profundo conhecimento artístico. 

 

Um espaço de reflexão intelectual surge com terceiro eixo necessário para ampliar os questionamentos e trazer novos olhares sobre a obra de Manuel Messias dos Santos. Para isso, foram convidados autores de diversos campos do conhecimento como críticos, historiadores, antropólogos e psicanalistas que mantém estrito diálogo com a arte, abrindo um espaço amplo de pensamento.

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